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Prefeitura vê problemas no projeto do metrô de Curitiba

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A Comissão de Revisão do Projeto do Metrô apontou vários aspectos da modelagem original que podem ter forte impacto negativo sobre o projeto e comprometer sua execução. É o caso da demanda de passageiros, que foi superestimada, e do orçamento, que é subestimado.

No projeto, foi estimada uma demanda de passageiros mais alta do que de fato poderá ocorrer. O centro da demanda previsto seria de 470 mil passageiros por dia, mas estudos anteriores, feitos pela Urbs e pelo Ippuc, já recomendavam que essa projeção seria o teto, não o centro. Na verdade, 470 mil passageiros por dia era para ser o teto da banda de remuneração do concessionário, e não o alvo. A demanda real é calculada em torno de 400 mil passageiros por dia.

Segundo dados levantados pela Comissão de Revisão do Projeto do Metrô, se a demanda real fosse de 470 mil passageiros por dia, o preço da tarifa técnica, em valores da época, seria de R$ 1,81, de acordo com cálculos da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
 
Um estudo atualizado, feito pela Urbs e Ippuc, estimou uma demanda, em 2012, de 260 mil passagens por dia. Considerando a transferência de 22 mil passagens da Linha Verde para o eixo do Metrô, a demanda sobe para 282 mil passagens por dia. Com a atualização dos cálculos, projeta-se uma demanda de 382 mil passagens por dia em 2018, número que foi arrendado para 400 mil. Assim, segundo cálculos da Fipe, a tarifa técnica passaria para R$ 1,96, a preços atuais.

Com um número de 400 mil passagens por dia, a Prefeitura teria que absorver um subsídio mínimo anual de R$ 144 milhões.

Valor

O investimento total previsto para o projeto foi subestimado no projeto. O dinheiro já disponível (R$ 300 milhões do governo estadual, R$ 1 bilhão do governo federal e mais R$ 82 milhões do governo municipal) resulta em um aporte de recursos públicos de R$ 1,382 bilhão. A estimativa inicial de custo de R$ 2,34 bilhões – para o trecho de 14 quilômetros, CIC-Sul/Rua das Flores – está desatualizada e terá que ser recalculada.

A divisão das obras da Linha Azul do Metrô em duas fases (a primeira CIC/Sul à Rua das Flores e a segunda até a Santa Cândida) é outra falha do projeto, que não especifica como serão licitados e operados os dois trechos separadamente, se a linha é uma só.

O número de vagões previstos pelo projeto para o comboio do metrô também está defasado. Ele prevê cinco vagões por comboio, com capacidade para transportar 1.475 pessoas. Hoje, no entanto, o padrão é de seis a sete vagões por comboio, para que se possa ter um fluxo maior de passageiros. Como cada carro carrega em média 270 passageiros, um a mais faz diferença, principalmente no horário de pico.


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