Átila Alberti |
---|
![]() |
Garis tiveram muito trabalho para limpar a sujeira. |
Equipes da Prefeitura de Curitiba estavam na Avenida Cândido de Abreu na manhã deste sábado para limpar a enorme quantidade de vidro que ficou espalhado pelo chão após os confrontos da noite de ontem no Centro Cívico.
Quatro estações-tubo foram depredadas, além de 121 janelas do Palácio 29 de Março, sede da prefeitura. Os vidros da Vara da Família e do Fórum Cível também foram atingidos. Muitas pedras soltas do calçamento foram encontradas pelo caminho, indicando que foram usadas no vandalismo. Três agências bancárias também foram depredadas. A pior situação ocorreu na agência do Itaú próxima à prefeitura.
O dia também será de limpeza para quem teve o seu próprio patrimônio danificado por vândalos. A farmácia saqueada na noite de ontem, na Avenida Cândido de Abreu, já estava funcionando. Mas os colaboradores ainda limpavam o chão e as prateleiras, além de reorganizar tudo. A porta de ferro, danificada pelos saqueadores, foi deixada na calçada.
A limpeza também ocorreu no MM Salão de Beleza, também na Cândido de Abreu. O estabelecimento, que fica no segundo andar de um prédio, teve os vidros quebrados. “Vi o que estava acontecendo pela televisão e já imaginava que algo poderia ter acontecido no salão. Cheguei aqui assustada e estava destruído. Tinha pedras aqui dentro. Nem imagino o valor que eu vou gastar para repor isto”, comentou Marcy Markosvki, proprietária do salão.
Balanço
O saldo do confronto na Avenida Cândido de Abreu foi a detenção de 28 pessoas, sendo que 14 delas foram presas e oito adolescentes foram apreendidos. Cinco pessoas foram encaminhadas para delegacias por dano qualificado e formação de quadrilha. Outros três presos podem responder por dano ao patrimônio público, dando ao patrimônio qualificado e formação de quadrilha. Uma pessoa foi presa por desacato, outra por resistência e uma terceira por desacato e incitação ao crime.
Três policiais militares ficaram feridos na confusão, sendo dois por consequência de um coquetel molotov e outro porque foi atingido por uma pedra. Nenhum caso foi considerado como grave. “O que causou estranheza foi como aconteceu, até pela característica do curitibano. É lamentável porque até então era um movimento pacífico. Mas tinha gente com coquetéis molotov, bombas caseiras e com a mochila cheia de pedras. São pessoas que já vieram dispostas para o vandalismo e agressão”, comentou o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Roberson Luiz Bondaruk, ressaltando que a PM reagiu somente depois dos policiais terem sido atingidos pelos vândalos. De acordo com o coronel, a polícia permanece acompanhando a situação e está com efetivo de prontidão para qualquer novo caso.